Saudosa Vitamina D

BRENO
ELEFANTE EDITORA

65,00

Estoque: 17

Saudosa vitamina D é a compilação das crônicas em quadrinhos feitas por breno durante os longos meses nos quais os brasileiros (os que não foram obrigados a sair pra trabalhar ou que não aderiram ao negacionismo) se viram repentinamente trancados em casa à espera de vacina, auxílio e bom senso. Longe de serem datados, os traços do artista mostram com extrema acidez a profundidade do buraco em que nos metemos como sociedade. *** Aí você fica perambulando pela internet, tropeçando em fake news, fake tits e fake lips, mas às vezes acaba esbarrando em alguma coisa real: desenhos de verdade feitos com tinta real, acompanhados de textos escritos por uma pessoa real, tudo baseado numa realidade real, sinistra e desesperadora. Curiosamente, vendo esses desenhos e textos, você não fica mais deprimido do que já estava. Quando um sujeito consegue encarar essa realidade descaralhada de um jeito criativo e original, é sinal de que nem tudo está perdido. O breno é um cara desse tipo. O copo dele está meio cheio de um pessimismo vibrante, que faz o leitor desistir de cometer um harakiri baiano. — Reinaldo Figueiredo, na quarta capa *** Conheci o breno numa noite em São Paulo, daquelas que duram mais do que uma noite comum. Não, espera. Foi em outra noite, anterior a está à qual me refiro. Sim, foi em outra noite, quando ele e seus comparsas d’O Miolo Frito me deram o lindo livro de quadrinho deles, o Bar. Estávamos, claro, em um bar. Isso foi antes das sete pragas do Egito, acompanhadas do apocalipse zumbi. A tragédia já existia naquele tempo, mas o riso vinha mais fácil. Só pra contrariar Rousseau, breno continuou bom. A sociedade, esta sim corrompida, aparece como é de fato em seus desenhos lúdicos e lisérgicos. breno parece usar um óculos como aqueles que fazem o protagonista em Eles Vivem conseguir ver como são as pessoas e as coisas por trás de suas fantasias. Realmente são. Melancólicas, retorcidas, cavando a terra para cagar e plantar flores. breno sabe. E o que ele sabe, nos conta em suas metáforas desenhadas. Que bom que temos ele, porque se não o tivéssemos não o saberíamos. — Daniel Lafayette (Lafa), na orelha