Xondaro

PACIORNIK, VITOR FLYNN
ELEFANTE EDITORA

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A vida dos guarani mudou radicalmente depois da chegada dos europeus, mas pouca gente percebe que esse povo ainda está aqui, resistindo ao avanço da cultura dos juruá, preservando seus costumes e seu idioma e tentando viver segundo suas tradições ancestrais - inclusive dentro da maior metrópole brasileira. Hoje, os Guarani lutam pela conclusão da demarcação de suas terras na zona norte e na zona sul da cidade de São Paulo. A situação é caótica. Mais de dois mil indígenas vivem esmagados em pequenas áreas nas regiões do Jaraguá e de Parelheiros. Depois de muitos anos de paciência, os Guarani - povo tido como calmo e cauteloso - perceberam que precisavam mudar suas estratégias de luta. Iniciaram, assim, uma nova página em sua longa história de resistência, misturando a sabedoria dos mais velhos e os ensinamentos de Nhanderu Tenonde, sua maior divindade, com a energia e a valentia das lideranças mais jovens. (...) Foi com esse espírito de luta que um jovem xondaro guarani, Werá Jeguaká Mirim, abriu uma faixa pedindo "demarcação" durante a abertura da Copa do Mundo no estádio do Itaquerão, em junho de 2014. A mensagem de resistência ecoou em todo o planeta, mas o reconhecimento oficial da recente onda de mobilizações guarani só aconteceu em maio de 2016, quando o ministro da Justiça Eugênio Aragão assinou uma Portaria Declaratória reconhecendo a terra indígena de Parelheiros - um passo muito importante no processo de demarcação. O livro Xondaro retrata, em quadrinhos, um pouco dessa história.