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Poder Que Freia, O
CACCIARI, MASSIMO
AYINE EDITORA
39,00
Estoque: 25
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Na Segunda epístola aos Tessalonicenses, que a tradição atribuía a São Paulo, aparece a enigmática figura de uma potência: o katechon, algo ou alguém que contém-retém-freia o assalto do Anticristo, mas que deverá ser eliminado ou liquidado - para que o Anticristo se manifeste - antes do dia do Senhor. E a interpretação dessa figura é aqui o pano de fundo sobre o qual se desenvolve uma reflexão geral - em constante "acordo divergente" com a posição de Carl Schmitt - sobre a "teologia política", ou seja, sobre as formas em que ideias e símbolos escatológico-apocalípticos se foram secularizando na história política do Ocidente, até o atual esquecimento de suas origens. Com qual sistema político pode encontrar um compromisso o paradoxo monoteístico cristão, a fé no Deus-Trinitas? Com a forma do império, ou com a de um poder que freia, contém, administra e distribui? Ou se trataria, na verdade, de encontrar uma contaminação entre as duas? Muitas das decisões políticas que marcaram a nossa civilização giram em torno dessas questões, que na obra de alguns de seus maiores intérpretes, de Agostinho a Dante e Dostoiévski, alcançaram uma dramática representação. As reflexões formuladas neste ensaio se completam com uma antologia das passagens mais significativas da tradição teológica, desde a primeira patrística até Calvino, dedicadas à exegese da Segunda epístola aos Tessalonicenses, 2, 6-7.
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