João Kon, Arquiteto

GUERRA, ABILIO; ESPALLARGAS GIMENEZ, LUIS; SERAPIA
ROMANO GUERRA

90,00

Estoque: 10

A publicação organizada por Abilio Guerra, Luis Espallargas Gimenez e Fernando Serapião revela o impacto da produção arquitetônica de João Kon na morfologia de diversos bairros paulistanos, como Higienópolis e Jardins, e na tipologia do edifício de apartamentos na cidade entre os anos de 1960 e 1980. Editado pela Romano Guerra Editora, com textos de Fernando Serapião, Jacopo Crivelli Visconti e Luis Espallargas Gimenez, fotos de Nelson Kon e projeto gráfico de Marise de Chirico, o livro retrata em detalhes dez projetos selecionados, registra o ambiente efervescente da arquitetura paulista na época e traz ainda o período de formação do arquiteto. Plantas detalhadas e imagens das edificações fotografadas por seu filho, o consagrado fotógrafo de arquitetura Nelson Kon, dão conta de uma obra familiar aos paulistanos, mas cuja autoria é muitas vezes ignorada. Poucos sabem, por exemplo, que Kon é o arquiteto com mais obras construídas em Higienópolis. Os seus cerca de 20 projetos são referenciais para a identidade da paisagem urbana do bairro. Estrutura independente, painéis de venezianas de madeira, elementos vazados e pérgulas são ingredientes de uma arquitetura reconhecível desde uma de suas primeiras obras, o Edifício Primavera, na Rua Peixoto Gomide, construído no final dos anos 1950. Kon foi um dos primeiros arquitetos a utilizar a “Janela Ideal” que, segundo Serapião, aproxima o edifício da utopia moderna. São painéis de venezianas de madeira que movimentados por um cabo de aço, uma folha sendo contrapeso da outra, propiciam um amplo vão central. Os tipos de caixilhos utilizados e o aprimoramento da estrutura de concreto e instalações elétricas e hidráulicas de sua produção permitem analisar o desenvolvimento técnico da construção civil na cidade. A arquitetura de João Kon destaca-se ainda, de modo muito particular, pelo diálogo que estabelece com as artes plásticas. Ainda recém-formado, frequentava a casa de Volpi o que possibilitou ampliar seu círculo de amigos artistas. Daí a presença constante em sua arquitetura de obras de artistas como o próprio pintor do Grupo Santa Helena, Waldemar Cordeiro, Arcângelo Ianelli, Antonio Lizarraga, Gershon Knispel, entre outros.
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