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Psicanálise De Crianças Separadas - Estudos Clínicos (1952-1986)
AUBRY, JENNY
CIA DE FREUD
85,00
Sob encomenda 13 dias
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Como explicar a diferença dos sexos e o nascimento? Entre 2 e 4 anos, conforme a maturidade e conforme a presença ou a ausência de irmãos e irmãs, a criança toma consciência da diferença dos sexos. Ela se identifica com o pai do mesmo sexo, imita as suas atividades, toma-o por modelo, mas se apega mais particularmente ao pai do sexo oposto. As brincadeiras não mudam e são muito representativas dessa evolução. As brincadeiras com bonecas e urso permitem aos pais seguir a maturação da criança. Se esta maltrata as bonecas, é preciso respeitar suas descargas agressivas, inofensivas, e evitar personalizar as bonecas, dizendo, por exemplo: você está machucando ela ou ela vai chorar. Com efeito, isso arrisca induzir na criança um sentimento de culpa e mantê-la num mundo puramente imaginário. Entre três e cinco anos a criança faz múltiplas perguntas e os pais que respondem incansavelmente a muitas delas costumam ficar constrangidos quando ela aborda os problemas do sexo e do nascimento.Em geral, se é preferível que a mãe dê informações sobre o nascimento, as informações sexuais mais completas deverão ser dadas ulteriormente pelo pai do mesmo sexo que o filho. Quando os pais não conseguem falar naturalmente dessas questões, o filho se informa junto aos colegas de escola. As informações errôneas, dadas numa atmosfera malsã, arriscam desviar o desenvolvimento normal da sexualidade ou, em todo caso, inibi-lo de modo mais ou menos sério. Médica de hospitais, pediatra, neuropsiquiatra, psicanalista, membro fundador da École freudiene de Paris, Jenny Aubry (1903 - 1987) foi a primeira, na França, a se interessar pelo destino de crianças que, muito pequenas, eram separadas de suas famílias. [...] Reuni aqui os principais estudos clínicos realizados por Jenny Aubry entre 1952 e 1986, destinados aos clínicos da infância em desamparo: psicólogos, educadores, assistentes sociais, médicos, psiquiatras. Redigidos num estilo incisivo, gerados por uma soberana esperança, eles mostram que, para a criança, mesmo vítima das piores feridas da alma e do corpo, nada nunca está decidido de antemão.
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