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Amor e Pátria / O Novo Otelo
MACEDO, JOAQUIM MANUEL DE
BRASILIARIS
40,00
Sob encomenda 13 dias
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A peça Amor e Pátria, publicada em 1860, se passa no ano de 1822 e tem como pano de fundo a Independência do Brasil. Classificada como drama, traz um enredo simples e ligeiro e tem ares de opereta cômica. Gira em torno de Afonsina, uma jovem bastante instruída em conhecimentos diversos, alvo das censuras de seu tio Prudêncio, que julga sua educação um tanto inapropriada para uma mulher que, no seu entender, deveria entender menos de política que do ofício doméstico. O Novo Otelo é uma peça que promove um bom número de informações e reflexões sobre a cena dramática no Brasil no século XIX, especialmente em um período de transição entre o Romantismo e o Realismo (no teatro). A peça narra os delírios de Calisto, que teve a mão de Francisca prometida para ele, mas que descobre que tem um rival. Ao ridicularizar os excessos do ciúme de Calisto, o autor traça um retrato das forças contrastantes na época, valendo-se para isso da forma da comédia curta. Em Amor e Pátria, Afonsina é uma mulher preocupada com o futuro político de sua pátria e, por sua vez, censura o tio por seu comodismo perante os conflitos em torno da independência da nação. Apaixona-se pelo revolucionário Luciano, protegido de seu pai, que é acusado de denunciá-lo por ser contra a independência e acabar sendo deportado do Brasil. Poderá ela casar-se com o algoz de seu pai? É interessante reconhecer nesta, como em outras obras de Macedo, seu esforço em defender o lugar da mulher na sociedade brasileira, posição singular em meados do século XIX.Em O Novo Otelo, falando o tempo todo como se estivesse na peça Otelo, de William Shakespeare, Calisto começa a ser confundido com um louco por todos que o cercam, inclusive seu futuro sogro. Quando se descobre finalmente quem é seu concorrente, a crença na loucura de Calisto é inevitável. O autor mostra mais um de seus talentos ao escrever para teatro de forma leve e simples.
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