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Diário de um escritor na Rússia
VASSOLER, FLAVIO RICARDO
HEDRA
103,81
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O "Diário de um escritor na Rússia", do escritor paulista e russófilo Flávio Ricardo Vassoler, nos leva a uma viagem literária e histórica, política e filosófica: com a sensibilidade, inteligência e erudição de seus olhos, conhecemos a Rússia épica e messiânica dos escritores Fiódor Dostoiévski e Liev Tolstói; a Rússia em ebulição, borboleta de asas de aço, da dinastia Románov e dos revolucionários Vladímir Lênin, Liev Trótski e Ióssif Stálin; a Rússia patibular do poeta Vladímir Maiakóvski e dos escritores/dissidentes soviéticos Boris Pasternak e Alexander Soljenítsin; a Rússia aeroespacial e atômica do cosmonauta Iúri Gagárin e do físico nuclear Andrei Sákharov; a Rússia entre escombros de Mikhail Gorbatchov, o último secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética; a Rússia nacional-ortodoxa do presidente Vladímir Putin, neotsar “casado com o poder até que a morte os separe”, conforme a sentença espirituosa e tragicômica de Vassoler. Composto em pleno território russo durante a Copa do Mundo de 2018 por textos que caminham nas fronteiras entre crônica, ficção e ensaio, o nomadismo do "Diário de um escritor na Rússia" nos faz viajar do Kremlin encravado no coração de Moscou à avenida Niévski, principal artéria de São Petersburgo e (des)caminho dileto do homem do subsolo, de Dostoiévski; do bunker atômico de Níjni Novgorod às alamedas prussiano-soviéticas de Kaliningrado (antiga Königsberg), que testemunharam as perambulações do filósofo Immanuel Kant; das igrejas ortodoxas e mesquitas de Kazan à datcha de Stálin à beira do Mar Negro, em Sotchi; de Saransk, cidade-exílio do crítico literário e filósofo da linguagem Mikhail Bakhtin, ao arco-íris de frutas e sabores do Mercado Central de Rostov-sobre-o-Don; do bunker de Stálin em Samara, a quase capital soviética durante a Segunda Guerra Mundial, à cidade-barricada de Stalingrado (atual Volgogrado), onde o curso da Grande Guerra Patriótica começou a ser revertido a favor do Exército Vermelho. Com o pathos próprio das personagens dostoievskianas, Flávio Ricardo Vassoler nos apresenta histórias e estórias líricas, viscerais e multifacetadas a partir do país cujos sonhos e pesadelos moldaram o transcurso do século XX.
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