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Mídia, poder e contrapoder
MORAES; RAMONET; PASCUAL
BOITEMPO
48,00
Sob encomenda 13 dias
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Dênis de Moraes, Ignacio Ramonet e Pascual Serrano assinam a seis mãos os ensaios que integram o livro Mídia, poder e contrapoder: da concentração monopólica à democratização da informação, a ser lançado pela Boitempo Editorial.Organizada por Moraes, a obra reúne seis textos que fazem uma reflexão crítica sobre o poder mundial da mídia, a cultura tecnológica, a comunicação globalizada, o jornalismo contra-hegemônico em , as políticas públicas de direito à comunicação e a democratização da informação na América Latina.A partir da convergência de afinidades dos jornalistas na análise sobre o complexo mundo da mídia e nas preocupações com o fluxo informacional do nosso cotidiano - após um debate do qual participaram juntos no Rio de Janeiro no final de 2011 -, surgiu para Moraes a ideia de um livro a três. 'O ponto de partida de Mídia, poder e contrapoder é o compromisso comum de interpelar a contemporaneidade, cada vez mais midiatizada, tecnologizada e mercantilizada', explica o organizador na introdução.O momento histórico, para Moraes, é perturbador, permeado pelos fascínios compulsivos por objetos digitais que se conectam instantaneamente a 'nuvens de computação' capazes de armazenar volumes imensuráveis de informações. No entanto, em contraposição a esse quadro, o livro desenvolve reflexões que incorporam a dimensão da esperança, projetando-a como elemento essencial nas disputas de sentido frente aos enfoques tendenciosos das máquinas midiáticas.Na primeira parte, os jornalistas analisam formas e efeitos da colonização do imaginário social pela mídia corporativa; a configuração atual do sistema midiático, sob forte concentração monopólica em torno de megagrupos e dinastias familiares; as estratégias de comercialização de produtos culturais e manifestações artísticas; a subordinação de informações de interesse coletivo a ambições lucrativas; a retórica em favor da 'liberdade de expressão', que dissimula a intenção de fazer prevalecer a liberdade de empresa sobre as aspirações coletivas e a perda de credibilidade da imprensa. Ramonet não se furta a discorrer sobre o fazer jornalístico, ele reconhece a proliferação de produtores de informação que a era digital criou e vaticina com propriedade: 'O que está desaparecendo é principalmente o jornalismo de investigação'. A primeira parte do livro é encerrada pela necessária discussão de Pascual sobre liberdade de imprensa, uma temática que nunca se esgota e é apontada por ele dentro do cenário do 'coronelismo', dos fluxos financeiros, mas também das possibilidades de produção contra-hegemônica.A partir do reconhecimento das mutações comunicacionais na internet, expostas na segunda parte do livro, os autores avaliam premissas e práticas em e possibilidades de reversão do sistema a partir da digitalização e, ao mesmo tempo, priorizam conteúdos vinculados à justiça social, aos direitos humanos e à diversidade cultural. Para eles, é imperativo exercitar, por meio do jornalismo crítico e colaborativo, um contrapoder na produção e na difusão alternativas, como os projetos promissores das agências virtuais de notícias latino-americanas, consolidados como o portal Rebelión, de Madri, ou instigantes como o WikiLeaks.A professora associada de comunicação da UFRJ, Raquel Paiva, avalia o livro como obra necessária por sua qualidade crítica. 'Hoje, um sem-número de livros sobre jornalismo é publicado regularmente. A maioria é interessante, mas poucos necessários, porque, para tanto, é preciso ir além da mera análise acadêmica para exercer plenamente a capacidade crítica e, acima de tudo, inscrever-se como um material capaz de, a partir da hermenêutica traçada, perscrutar com cuidado o que se situa como perspectiva', diz no prefácio.
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