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Frei Caneca - Gesta da Liberdade - (1779 - 1825)
VILAR, GILBERTO
MAUAD
59,00
Sem Encomenda
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Entre o início de seus estudos sobre Frei Caneca e o texto final deste livro, Gilberto Vilar levou mais de 20 anos. Se fosse repetir Nelson Werneck Sodré, certamente Vilar diria que há livros que são feitos "em cima da perna, e outros..." Outros que consomem anos de pesquisas, de buscas, de detalhes, de aperfeiçoamento e até de metodologia. É assim que Vilar construiu este "Frei Caneca". Leu e analisou, minuciosamente, o valiosíssimo diário de campanha, escrito pelo próprio Frei, intitulado "Itinerario", bem como suas Obras Completas -- uma preciosa raridade bibliográfica, às quais teve acesso por lhe terem sido presenteadas pelo historiador pernambucano Potiguar Mattos. Nesta obra, em que tem o cuidado de reproduzir inclusive a grafia da época, Vilar recupera a verdade sobre esse herói (sua cultura, seu temperamento, seus arroubos) e sua trajetória, o que, no entanto, não o tem livrado de ser relegado na História brasileira e muitas vezes lembrado, falsamente, como um divisionista, alguém que defendia a separação dos Estados, através do movimento revolucionário conhecido como Confederação do Equador. O autor sintetiza uma afirmação do Frei, em resposta às acusações que lhe eram feitas quando do julgamento que o levaria à pena de morte: ? Se alguma notícia chegou aos ouvidos desta Comissão e de Sua Majestade (D. Pedro I) de que a Confederação do Equador era uma luta pela separação tal, contudo, nunca foi intenção nossa. Prova disto, entre outras, é que o manifesto oficial da Confederação não é dirigido aos pernambucanos, e sim, aos brasileiros. Recuperando a História e o passo a passo deste grande personagem, Vilar mostra fatos tão curiosos quanto instigantes, como a própria morte de Frei Caneca: condenado à forca, na época a pena mais degradante, não foi encontrado um só carrasco que a executasse; até mesmo condenados à prisão perpétua ou à morte, aos quais a liberdade fora prometida como recompensa, negaram-se a enforcar o Frei, que, sentado no último degrau do cadafalso, atônito, foi obrigado a aguardar o pelotão de fuzilamento, única solução para a execução da pena.
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