o Inconsciente Jurídico - Julgamentos e Traumas No Século Xx

FELMAN, SHOSHANA
EDIPRO

94,90

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“Shoshana Felman é, sem dúvida, uma das críticas e teóricas da literatura mais influentes no panorama atual. Sua obra vem inspirando diversos autores e apontando para novas abordagens da literatura e da cultura de um modo geral, nas quais ela faz convergir seu erudito saber literário e filológico com seu competente domínio da psicanálise, dialogando ainda, como vemos aqui, de modo muito competente, com os estudos jurídicos. Assim, desde o início dos anos 1990, ela foi, ao lado de Cathy Caruth, uma das principais responsáveis pelo estabelecimento dos ‘Estudos de trauma’, que até hoje têm multiplicado de modo muito criativo a leitura e a interpretação de fenômenos culturais, sobretudo a partir do processo histórico, violento e catastrófico, que culminou nas grandes guerras do século XX e se estende até nossos dias” – Márcio Seligmann-Silva – Este livro apresenta um cruzamento muito profícuo entre Direito, Literatura, Psicanálise e Estudos Culturais, uma aposta bem-sucedida para importantes reflexões multidisciplinares. Como pensar a relação entre Direito, Trauma e Justiça? Grandes julgamentos históricos, como o famoso julgamento de O. J. Simpson nos Estados Unidos e, no plano internacional, o julgamento Eichmann e os tribunais de Nuremberg surgem para pontuar esse instigante desafio teórico lançado por Felman. Como a experiência traumática da perseguição antissemita e do holocausto podem ajudar a refletir a relação entre direito e trauma e, por que, ainda nos dias de hoje, negros, mulheres, índios e demais grupos sociais excluídos têm preconceitos afirmados, reproduzidos e aprofundados no âmbito das cortes judiciais? A literatura permite pensar essa questão de maneira crítica e reveladora, e este livro abre o caminho para importantes reflexões multidisciplinares. Além disso, olhando para as bases conceituais da autora: entre outros Hannah Arendt, Walter Benjamin, Freud, Levinas… e, por outro lado, para os grandes nomes da literatura com os quais dialoga, Tolstoi, Zola, Kafka… não é de espantar que o resultado desses encontros seja muito entusiasmante e extremamente criativo. Felman nos lança, com esta obra, uma série de questões que atingem o âmago da instituição jurídica. Assim como Freud abalou nossa identidade e visão do que é o ser humano, ao revelar o inconsciente psicológico, ao apontar para o inconsciente jurídico, também Felman, reconfigura o direito e seus limites.
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