A Bússola Adúltera

MUNHOZ, FELIPE FRANCO
ARS ET VITA

58,00

Estoque: 29

A bússola adúltera, quinto livro de Felipe Franco Munhoz, confirma o estilo que vem sendo trabalhado pelo autor em suas obras mais recentes, no qual expande as fronteiras da literatura, buscando diálogos com outras linguagens artísticas que vão das artes cênicas à música. O autor vem sendo amplamente considerado como uma das vozes mais autênticas da literatura contemporânea brasileira, tendo recebidos elogios de críticos, artistas e autores, tais como Tom Stoppard, que o considera “um experimentalista no melhor sentido, um verdadeiro modernista. Seus textos publicados são diferentes de quaisquer textos que eu já tenha visto: apenas ao olhar para eles, sabemos que Franco Munhoz está expandindo fronteiras”. Sobre Identidades, segundo livro do autor, publicado pela Editora Nós (2018), Caetano Veloso disse: “Nunca encontrei nada parecido dentre as coisas que pessoas jovens me dão para olhar. Mesmo as rubricas de cena são poesia”.Iniciado em 2019, A bússola adúltera teve a sua estrutura criada durante uma residência artística realizada no Festival Artes Vertentes – Festival Internacional de Artes de Tiradentes, em novembro de 2023, e foi finalizado durante períodos de residências artísticas na Santa Maddalena Foundation (Donnini, Itália) e na Sangam House (Bangalore, Índia). Enquanto as vivências e convivências do autor durante os tempos de residência amalgamam-se de forma fascinante no texto, Duas canções populares e Arcaicos cantos de Caronte, que integram o livro, ultrapassam as fronteiras literárias, tornando-se música e continuando um diálogo que acompanha a trajetória de Felipe Franco Munhoz: Duplo Falso Par foi apresentado em versão pregressa pelo compositor e pianista André Mehmari e pela cantora portuguesa Maria João, Arcaicos cantos de Caronte integrou o espetáculo Cantos de Caronte, de Leonardo Martinelli, no Festival Artes Vertentes, e São Paulo: espelhos e mapas foi apresentado pelo próprio autor em um show no mesmo festival. Possibilitando uma leitura que vai da poesia pura, na página, a uma imaginária instalação polifônica, A bússola adúltera é atravessada por um rico universo visual e musical, presentes sob a forma de notas e/ou indicações, refletindo também os atravessamentos vivenciados pelo autor durante o processo criativo. A escrita sofisticada de Franco Munhoz é perceptível em diversos momentos do livro, como em uma sequência de quatorze sonetos que podem ser lidos separados ou entre si, na vertical e também na horizontal, uma vez que os primeiros versos de cada um dos sonetos formam um outro soneto; os segundos versos, outro; e assim por diante. Através de tal artifício, marcado por um virtuosismo singular, o autor oferece-nos, em 14 + 1 e A volta do parafuso? Paralaxe, uma leitura composta por diversas leituras circulares, sem princípio, meio e fim, fazendo ainda uma alusão a Fausto, um dos protagonistas do universo literário de Felipe Franco Munhoz desde o livro Identidades.
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