Serrote - Vol.32

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A 32ª edição da serrote, revista de ensaios do Instituto Moreira Salles, publica entre os destaques da serrote #32 está o ensaio “Racismo e fascismo”, da escritora norte- americana Toni Morrison (1931), vencedora do Prêmio Nobel de Literatura. O texto é um alerta sobre como o fascismo se insere, paulatinamente, nas estruturas políticas. Morrison lista dez passos rumo ao autoritarismo, que incluem desde a criação de um inimigo comum até a segregação da arte. Baseado em um discurso proferido em 1995, o ensaio “ganha desconfortável atualidade”, como afirma o editor da serrote, Paulo Roberto Pires. As ameaças que rondam a razão também são discutidas pela filósofa espanhola Marina Garcés (1974). A autora advoga pela retomada dos princípios do Iluminismo, definindo-o como um movimento marcado, sobretudo, pela rejeição ao pensamento único. “O que o iluminismo radical exige é poder exercer a liberdade de submeter a exame qualquer saber e qualquer crença, venha de onde vier, formulada por quem for, sem pressupostos nem argumentos de autoridade”, afirma. Esta edição também traz dois ensaios que debatem a obra de Simone de Beauvoir, no momento em que o clássico O segundo sexo completa 70 anos. Um dos principais pensadores sobre a questão de gênero da atualidade, o filósofo espanhol Paul. B. Preciado (1970) parte de um hábito de Beauvoir – o uso do turbante – para analisar a complexidade de sua obra e o seu diálogo com o feminismo contemporâneo.
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