Este livro narra um pouco a história do Brasil. Gonzagão é autor do hino oficial dessa República Brasileira. Quando relembra o encontro versado de Ary Barroso com o Rei do Baião, estavam ali afinados dois "hineiros": um de Asa Branca, o outro de Aquarela do Brasil. Um país que permanece um por um, revezando no mesmo pau-de-arara a mesma utopia da sobrevivência. Diante da obra de Luiz Gonzaga, brotam na vertigem que os olhos desalcançam no livro imagens sem distinção de tempo. É o primitivo megafone na pracinha seca, presa à unica ávore que sobrevive, a música de um mestre, a voz de um povo. Essa mesma árvore que pode ter acolhido João Gilberto em outra várzea ou Jamelão no pé da mangueira. O pai disse: "Luiz, respeite Januário". Eu plagio: Ô, Moa, respeite Pimentel!
Moacy Luz (cantor e compositor)