Criação Imperfeita

GLEISER, MARCELO
RECORD

94,90

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Nesta narrativa lúcida e brilhante, Gleiser nos guia pela ciência de ponta que instigou sua própria transformação de unificador e questionador - uma fascinante busca cientifica que o levou a um novo entendimento do que é ser humano. Por milênios, xamãs e filósofos, ateus e religiosos, artistas e cientistas tentam dar sentido à nossa existência sugerindo que tudo está conectado e que uma misteriosa Unidade nos liga ao resto do universo. As pessoas vão a templos, igrejas, mosteiros e sinagogas a fim de rezar para as diversas encarnações divinas dessa Unidade. De forma surpreendentemente similar, cientistas afirmam que por trás da aparente complexidade da natureza existe uma realidade subjacente mais simples. Em sua versão moderna, essa ""Teoria de Tudo"" uniria, em uma única estrutura, as leis físicas que regem desde o comportamento dos átomos e das partículas subatômicas ao das galáxias e do universo como um todo. Mas, apesar dos corajosos esforços de muitas mentes brilhantes, a Teoria de Tudo permanece evasiva. O universo não é elegante. É um glorioso caos criativo. Ao subverter mais de 25 séculos de pensamento científico, o premiado físico Marcelo Gleiser argumenta que a busca por uma Teoria de Tudo está fundamentalmente desorientada e analisa as implicações profundas que essa mudança ideológica traz para o ser humano. Todas as evidências apontam para um cenário no qual tudo emerge de imperfeições fundamentais, assimetrias primordiais na matéria e no tempo, acidentes cataclísmicos no início da vida na Terra e erros na duplicação do código genético. O desequilíbrio estimula a criação. Sem assimetrias e imperfeições, não estaríamos aqui: o universo não teria nada além de radiação. Criação imperfeita propõe nada menos do que um novo ""humanocentrismo"" capaz de refletir nossa posição na ordem do universo. Todo tipo de vida, em particular a inteligente, é um acidente raro e precioso. A complexidade não planejada do ser humano é ainda mais bela ~or sua improbabilidade. É tempo de a ciência deixar de lado a velha estética que diz que a perfeição é bonita e que sustenta que a ""beleza é a verdade"". É hora de olhar para o mundo com novos olhos, sem séculos de bagagem monoteísta.
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