Consumido

BARBER, BENJAMIN R.
RECORD

84,90

Esgotado

Um dos mais respeitados cientistas políticos contemporâneos, o americano Benjamin R. Barber devotou grande parte de sua vida a estudar os efeitos do mercado de consumo nos indivíduos e na sociedade em geral. No best seller Jihad x McMundo, ele apresentou uma análise precisa e esclarecedora das tensões entre o capitalismo de consumo e o fundamentalismo religioso. Nesta perspicaz sequência, Barber retorna a um território familiar e aos conflituosos modelos de civilização expostos em seu trabalho anterior. CONSUMIDO oferece aos leitores um retrato arrebatador de como consumidores adultos são infantilizados por uma economia global voltada para crianças que produz exageradamente, em um mercado onde não há compradores suficientes.Neste provocativo estudo sobre democracia e capitalismo, Barber mostra como o etos infantilista não apenas busca transformar os jovens em consumidores agressivos, como influenciar o desenvolvimento psicológico dos adultos, incentivando-os a entregar-se a compras pueris e narcisistas, baseadas em tolas lealdades a marcas. Ele atenta para o fato de que essa indução totalitária priva a sociedade de cidadãos responsáveis e substitui bens públicos por mercadorias privadas. A tradicional sociedade democrática liberal é colonizada por uma imposição generalizada do mercado; o espaço público é privatizado; a identidade é transformada numa marca comercial; o nosso mundo, homogeneizado. Para explicar como e por que esse cenário se formou, o autor se mune de uma extensa pesquisa empírica, unida a um original sistema teórico para entender nossa situação atual. Barber argumenta que o consumismo se apresenta como uma forma tardia do capitalismo, inicialmente um sistema de produção de bens úteis à população. O autor considera que a desigualdade global separou o planeta em dois tipos de potenciais consumidores: o pobre do país em desenvolvimento, com muitas necessidades, mas sem meios de satisfazê-las; e o rico do país desenvolvido, com muito dinheiro, mas sem ter por que gastar. E então conclui que o capitalismo atual não se baseia mais na produção de mercadorias, mas na de necessidades.Se os pobres não podem enriquecer o suficiente para se tornarem consumidores, então os adultos do mundo em desenvolvimento – atualmente responsáveis por 60% do consumo no mundo – terão que ser atraídos às compras. Induzi-los a permanecer infantis e impetuosos em seus gostos ajuda a assegurar que comprem os bens do mercado global destinados a jovens indolentes e prósperos.De maneira brilhante e profunda, Barber confronta as prováveis conseqüências para nossos filhos, nossa liberdade e nossa cidadania, e acaba por mostrar como os cidadãos podem resistir e transcender a esquizofrenia cívica que o consumismo disseminou.
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