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Como um rei na França
TEMPORAL, AMAURY
RECORD
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Há mais de 50 anos, Amaury Temporal e sua mulher, Maggy, começam a se programar, desde julho, para as férias de dezembro. O destino? França, sempre. Porém, nunca da mesma maneira. A cada viagem ao país, procuram conhecer um novo local. Membro da Confraria dos Gastrônomos desde 1973, Amaury descobriu uma maneira de conhecer a gastronomia e os vinhos das mais variadas regiões do país sem gastar muito.Essas andanças e experiências são reveladas aos leitores em Como um rei na França, espécie de guia turístico-gastronômico afetivo, terceiro livro de uma série que começou com De vinhos e rosas (1992), sobre os vinhos franceses, e seguiu com Bom tempo na França (2004). Com esses saborosos relatos, o autor narra o que chama de “França profunda”, suas pequenas cidades, aldeias e sua gente. Como de costume, o casal indica o aluguel de uma casa no interior, em baixa temporada, para experimentar de forma mais autêntica o dia a dia dessas regiões. Enquanto Amaury se dedica à gastronomia, enologia, feiras livres, mercados e produtores, Maggy se foca nos castelos, igrejas, monastérios e monumentos em geral. As regiões visitadas desta vez são Sévérac-le-Château, Fréland, Megève, Neuil, Magny-le-Freule e Cluny.“O que importa não é necessariamente repetir qualquer um dos itinerários e destinos escolhidos por Amaury (embora seja de bom alvitre fazê-lo), mas aceitar a necessidade de encontrar outros lugares equivalentes em sedução e personalidade àqueles que ele escolheu. O que importa é incorporar o modelo dessas excursões como uma forma civilizada, inteligente e... econômica de alugar pedaços do paraíso e virar condômino temporário de um pedaço encantador de civilização”, como defende o embaixador Marcos Azambuja no prefácio.Assim ficamos conhecendo uma França de fazendas e cidades medievais durante o período de inverno. Em muitos momentos, com temperaturas negativas. Nada que a lareira da casa não resolva. E que vizinhos agradáveis não possam ajudar, limpando a neve, para que não se perca o jantar no restaurante Auberge de L’Ill, reservado dois meses e meio antes. Tudo pela apreciação da bonita vista do alto da colina do castelo-fortaleza de Chinon, dos jardins famosos de Villandry, das altas muralhas e torres pontudas da fortaleza de Langeais e da arte românica na Abadia de Fontevraud. Ou, simplesmente, de um bom queijo da Normandia acompanhado de vinhos com ótimo custo-benefício. Tudo escrito com conhecimento de causa, de quem realmente entende do assunto — comme il fault.
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