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Arsenal de Vertigens (Poema)
CAGIANO, RONALDO
LETRA SELVAGEM EDITORA E LIVRARIA
60,00
Estoque: 13
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Texto de Apresentação (release): Estes versos de Ronaldo Cagiano nos alertam para o paradoxo da contemporaneidade, a questão vigente: quando chegará nosso próximo pesadelo?, e basta essa espera pelo embate subsequente, pelo absurdo seguinte, reconfigurado e retroalimentado por um passado que nunca serve de lição, que jamais ensina nada. Cada palavra disposta aqui carrega a marca de violências fecundadas e consumidas por uma sociedade perdida, sequestrada por diversos timbres de banalidades, ecos de um culto majestoso, imponente, devastador, à futilidade. (...) A poesia de Ronaldo Cagiano é áspera, ao mesmo tempo constituída de um lirismo que nos chantageia, como se estivéssemos diante de uma tocaia sistematizada por um exímio enxadrista, quase uma liturgia às avessas. Este livro nos oferece a rispidez das incertezas, destrinchadas sob a ótica da serenidade, sem desprezo, sem juízo, sem compaixão. Tudo é múltiplo neste caleidoscópio de misérias, de vícios revisitando melancolias ancestrais, encravadas nas ribanceiras mais recônditas da memória, tudo é reajustado para o comércio impecável da ilusão: o fascismo, a egolatria, o afeto, a inexorabilidade. A dissecação dos sintomas de um totalitarismo maquiado, um progresso cínico, doloso. Nesta obra, o desespero cabal, mas também o amor irrevogável: sua pátria é o caos, Ronaldo, e você será sempre leal a ela. - Whisner Fraga
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