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Perdi o Peão, Mas Aceito Jogar
PETERLE, PATRICIA
QUELONIO EDITORA
52,00
Estoque: 14
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Uma coleção de poemas em que um ser ensaia sua própria dança e existência, um ser que joga com as ideias de disputa, oposição e parceria, amor e ausência. Perdi o peão, mas aceito jogar é uma reunião de versos sobre o amor cotidiano e suas perdas pelo caminho.
As coisas mais corriqueiras, como as bolsas, os sapatos, os móveis são objetos que remetem aos afetos. Os espaços privados são os espaços da intimidade e da interioridade, mas podem levar também aos desvãos dos sentimentos, como um buraco- negro, um fundo de bolsa, uma gaveta em que não apenas se guardam como se perdem coisas.
As perdas também são afetivas. A sequência de poemas começa com um endereçamento a um outro. Essa conversa, aos poucos, se mostra lacunar, e a perda desse outro, ou outra, aproxima o trabalho da memória de sentimentos como de melancolia, vazio e ausência.
No entanto, não há brecha para sentimentalismo. A autora trata com sutileza da estranheza da língua, e seus poemas expressam essa autoconsciência discursiva em torno de imagens e elementos muito concretos — sapatos e sutiãs, os drinques, os olhos, os cupins, a madeira e o pó, um acidente automobilístico.
A combinação de poesia e prosa também se destaca e aprofunda essas oscilações de lirismo, reminiscência, amplitude e precisão. Uma poesia-biografia atravessada pela reflexão e pela elaboração conceitual e sensível do vivido.
Essa poética extrai do cotidiano e do objeto matéria de reminiscência e de reflexão, e vai daí para os movimentos mais amplos e metafóricos — como a memória, o jogo e o luto.
“Perdi o peão, mas aceito jogar” é o quinto título da coleção Canto Quebrado, da editora Quelônio. Na mesma coleção: “Santuário dos galetos”, de Isabela Equor, “Dia sim, dia não fazer chantagem”, de Maria Isabel Iorio, “Um novo mar dentro de mim”, de Maria Clara Escobar, e “Arcano 13”, de Guilherme Gontijo Flores e Marcelo Ariel.
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