Marques de Keith - Peca em Cinco Partes

WEDEKIND, FRANK
TEMPORAL

58,00

Sob encomenda
13 dias


Considerado por Frank Wedekind o seu melhor texto teatral, Marquês de Keith, peça escrita em 1899 e montada no ano de 1901, foi concebida a partir da reelaboração de uma série de criações anteriores do autor, que chegou a participar de uma trupe circense e a escrever poemas e canções para o cabaré alemão conhecido como Onze Carrascos. Marquês de Keith, o protagonista pequeno-burguês que dá nome à peça, almeja usufruir das vantagens de um título de nobreza autoatribuído. No entanto, sua obsessão calculista e seu pendor por uma “estética do brega” destoam de tal aspiração aristocrática. Não à toa, seu grande projeto é a construção do Palácio das Fadas, uma espécie de cabaré ou teatro de variedades, que procura alcançar o espírito da nobreza e do moderno, e que, no entanto, mais se aproxima do kitsch. Escrito em uma época já chacoalhada pelos levantes de 1848 e pela Comuna de Paris, mas visto pelas lentes de uma Alemanha ainda parcialmente feudal, este texto também traz, em contraste com seu protagonista, a figura de Ernst Scholz, personagem nobre que, mergulhado em uma profunda crise ética, e já desacreditado de qualquer virtude da nobreza, se dirige ao Marquês em busca de uma formação epicurista. Embora o texto de Wedekind tenha sido bem recebido, Marquês de Keith enfrentou resistência nos palcos, assim como aconteceu com sua outra peça, também publicada pela Temporal, O despertar da primavera. Mais uma vez, o autor desafia as convenções da sociedade através de seus escritos, explorando a temática da nobreza e das aspirações individuais em uma época de transição.
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