Furos, Mentiras e Segredos Revelados

AMARAL, MARINA E VIANA, NATALIA
ELEFANTE EDITORA

53,00

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Organizado pelas fundadoras da Pública, este livro reúne dez artigos — além de introdução, prefácio e posfácio — sobre a atuação e a relevância da primeira e mais inovadora agência de jornalismo investigativo do país desde sua fundação, em 2011, na esteira das revelações do WikiLeaks. De lá pra cá, foram mais de cinquenta prêmios nacionais e internacionais, e centenas de reportagens essenciais para a compreensão da realidade brasileira. Furos, mentiras e segredos revelados é leitura fundamental para quem busca respostas aos dilemas vividos pelo jornalismo em tempos de Facebook, WhatsApp e fake news. *** A Pública entendeu que a prática jornalística não é a de reportar, ser mero instrumento mediador, mas colocou-se como sujeita de seu tempo: penso, por exemplo, quando a agência se imbuiu do compromisso de, a partir de 2018, priorizar investigações relacionadas com o governo Jair Bolsonaro, a primeira experiência brasileira com uma gestão de extrema direita. A expressão, aliás, não foi um problema para a Pública no momento de definir o atual presidente — ao contrário de boa parte da imprensa brasileira, que preferiu tratar com naturalidade as inúmeras violências presentes no discurso racista, classista e misógino do chefe do Executivo. — Fabiana Moraes, no prefácio *** A Agência Pública concentra uma das maiores esperanças práticas para o jornalismo brasileiro. Os que gostam de usar o substantivo “inovação” podem dizer sem hesitar que a Pública encarna a mais significativa inovação da imprensa brasileira na última década. Inovação mesmo. Inovação humanista, muito mais do que tecnológica ou financista. […] É assim que ela nos brinda com uma esperança prática, em cada uma das vírgulas que publica — que torna públicas —, como a nos alertar de que o futuro da imprensa passa por saber-se função pública, não apenas por prestar um serviço de interesse coletivo, mas porque o ofício jornalístico é antes de natureza pública do que de natureza privada ou profissão liberal. Nesse sentido, o melhor do jornalismo não apenas não se acomoda por inteiro nos limites da propriedade privada, como, em muitas circunstâncias, é incompatível com eles. E, por favor, não há nenhum ranço nostálgico de utopias vencidas, mas apenas uma visão de futuro, que considera que o jornalismo pode ter outros modelos institucionais que não se confinem dentro dos tão falados “modelos de negócio”. — Eugênio Bucci, na introdução
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