A Que Custo? O Capitalismo (Moderno) e o Futuro da Saúde

FREUDENBERG, NICHOLAS
ELEFANTE EDITORA

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Nenhuma organização do século 21 acumula tanto poder de destruição quanto as corporações. São elas que estão no centro do novo livro de Nicholas Freudenberg, que se propõe a investigar as mais diferentes áreas para apontar como as grandes empresas se tornaram o maior problema de saúde pública dos nossos tempos. “As recentes mudanças no capitalismo precipitaram ou agravaram tanto os apocalipses de 2020 como os desastres mais lentos das últimas duas décadas”, diz o pesquisador da City University de Nova York. Em A que custo, Freudenberg propõe uma série de caminhos para repensar a nossa organização enquanto sociedade e para superarmos o capitalismo. “As corporações são personagens centrais nessa história”, avisa Nicholas Freudenberg. O professor de Saúde Pública inicia A que custo se perguntando por que temos tanto medo em apontar o capitalismo como o grande problema do século XXI. Ele coloca as grandes empresas no cerne da discussão sobre saúde pública: “Nenhum outro tipo de organização moderna acumulou tanta tecnologia, capital e poder político. Nenhum outro tipo de organização tem a capacidade de penetrar em tantos aspectos da vida cotidiana de tantas pessoas. Nenhum outro tipo de organização tem o alcance global ou a capacidade de agir com tão poucas restrições estruturais.” Ao longo do livro, Freudenberg se vale da experiência de quase quatro décadas na formulação e na avaliação de políticas públicas para traçar uma espécie de inventário dos problemas de saúde criados por corporações das mais diferentes áreas. Não por acaso: sua intenção é provar que os grandes problemas de nossas vidas não são fatos isolados, e que as forças econômicas por trás de cada um deles são basicamente as mesmas. O pesquisador traça um histórico de como o poder privado foi ganhando força nas últimas décadas, ao passo que o Estado foi subordinado e a sociedade perdeu controle sobre as estruturas que tradicionalmente faziam um contrapeso às grandes empresas. Ao mesmo tempo, ele mostra como a estratégia de responsabilizar as pessoas pelos problemas de saúde é cruel e funcional para o setor privado. A que custo mergulha por áreas totalmente diversas – das fabricantes de ultraprocessados às corporações da área de educação, da indústria farmacêutica ao comércio online – para reforçar o ponto fundamental: precisamos repensar nossa atuação enquanto sociedade. Sem se valer de uma leitura fatalista, nem de fórmulas prontas do passado, Freudenberg analisa o que vem sendo articulado como respostas, e o que ainda precisa ser inventado. Para ele, não há dúvida de que, diante dos problemas sistêmicos cada vez mais presentes no nosso cotidiano, a única saída é criar uma alternativa que supere o capitalismo. O capitalismo se tornou em grande parte disfuncional. Está com o crescimento estagnado, centrado mais nas movimentações financeiras do que na produção, gerando uma desigualdade explosiva, drenando os recursos naturais de maneira destrutiva, impotente em se reorganizar frente ao aquecimento global, incapaz até hoje de se reinventar, preso na lógica da maximização de lucros corporativos a qualquer custo. A que custo? é precisamente a pergunta que nos traz Nicholas Freudenberg neste que é um dos livros mais lúcidos que já li sobre os nossos desafios e os nossos caminhos. As questões-chave que enfrentamos são sistematizadas de maneira clara, com linguagem descomplicada e exemplos práticos. O autor foge das simplificações ideológicas que têm frequentemente nos dividido. É o nosso futuro que é aqui colocado na mesa. — Ladislau Dowbor, no prefácio
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