Greve Humana - Por Uma Prática da Liberdade

CARNEVALE, FULVIA E THORNHILL, JAMES
GLAC EDITORA

85,00

Estoque: 11

Greve humana é o livro que faz emergir o nome do conceito, da proposta e da percepção de uma subjetivação radical da revolução social, que nasce nos textos da revista francesa Tiqqun (2000-2001) e vem sendo gradativamente construído pelo coletivo de arte Claire Fontaine. A greve humana é um movimento mais geral que a greve geral; seu horizonte é a transformação das relações sociais informais que estão na base da dominação. Na sua indiferença diante de resultados reformistas, não há nenhuma solução brilhante a ser apresentada para sanar os problemas produzidos por aqueles que nos governam, a não ser a palavra de ordem de Bartleby: I would prefer not to. Nascida em 2004 como uma artista ready-made, da combinação da italiana Fulvia Carnevale com o inglês James Thornhill, Claire Fontaine apropria-se do nome da mais consumida marca de materiais escolares da França, sinalizando sua identidade como uma mercadoria como todos nós, mas também uma página em branco dedicada a um futuro alternativo. E esta página é dedicada ao pensamento da liberdade, que se desenvolve em uma prática e produção visual-textual constantes. Oito anos depois da primeira parceria da GLAC com Claire Fontaine, a editora retoma a edição do livro Em vista de uma prática ready-made, agora com outro título e completa. Mesmo ano em que a série de neons "Estrangeiros em toda parte" da artista, dá nome à 60° Bienal de Arte de Veneza, que tem como curador o brasileiro Adriano Pedrosa, atual diretor artístico do Museu de Arte de São Paulo; a frase, por sua vez, vem do nome de um coletivo antirracista italiano do começo dos anos 2000. Nesta edição de Greve Humana, diferente das duas antologias publicadas em 2020 pelas casas editoriais Diaphanes (França), e Semiotex(e) (EUA), há oito textos inéditos, escritos de 2020 a 2024, além da produção de 2004 a 2020. O interesse é que a antologia possa ser percebida como uma primeira tentativa de gerar a ontologia da greve humana. Além disso, mesmo que todos os 46 textos se organizem em ordem cronológica, é passível reconhecer que uma tríade de sustentação no seu sistema de saberes é, também, uma prática da liberdade de Claire Fontaine: o reconhecimento do ready-made como um ser que habita nosso fazer inconsciente diante da racionalização neoliberal; a relação cada vez mais simbiótica entre o artista, sua representação e obra, e a instituição que o faz circular, sempre mercadológica; e, por fim, as asseverações e proposições criadas no calor da hora das mudanças econômicas e das revoltas atuais. As três frentes são, em comunhão, a metodologia editorial brasileira, criada para gerar certo direcionamento, mas, principalmente, a contextualização necessária ao ambiente político e artístico do país. A edição conta ainda com um post-scriptum, intitulado, "Museu sem instituição", da professora e pesquisadora Fabrícia Jordão, além de "Nota da tradução", de João Gomes e Lucas Parente, e, por fim, um pequeno excerto da GLAC, intitulado "Sobre Claire Fontaine e sua prática da liberdade".
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