a Espada De Salomão - a Psicologia e a Disputa De Guarda De Filhos

SHINE, SIDNEY
ARTESA EDITORA

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Em nosso trabalho, privilegiamos o enfoque da instituição jurídica sobre a família, a partir do fenômeno do divórcio, na disputa de guarda. Há todo um contexto social, histórico e institucional que prepara o terreno para a aceitação do trabalho pericial psicológico, que coloca novos desafios técnicos e éticos ao psicológico forense. Entre as injunções dos operadores do direito, por um lado, e as demandas dos membros das famílias, por outro, é que se procurou discriminar os procedimentos postos em prática neste campo. Dentre as atividades neste campo, a delimitação do objeto da perícia (fatos ligados à determinação de guarda em Direito de Família), trazem questões específicas subsidiárias da Psicologia Clínica: a utilização da teoria (psicanálise, teoria sistêmica construtivista, terapia familiar) e do modelo clínico (entrevista, observação e testes). O contato com o ambiente forense e a “busca pela verdade”, nos quais se sustenta o discurso e o dispositivo jurídico, podem promover uma transformação da Psicologia praticada neste lugar. Além de considerar o psíquico individual aliado ao dinamismo familiar (ou vínculo familiar, ou estrutura familiar), observa-se a utilização de outros métodos de coleta de dados que aumentam o espectro da investigação realizada. Fazem-se conclusões psicológicas numa gama variada de dados de natureza psíquica e de fontes secundárias (relatórios de escola, de psicoterapeutas etc.). Ao término e a o final, ainda se coloca outra questão polêmica: onde termina a avaliação para se iniciar o julgamento, nesta zona obscura de áreas contíguas entre a função de avaliar para conhecer (perícia) e conhecer para decidir (juízo)?
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