Retórica a Herênio

CICERO
MNEMA EDITORA

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As primeiras referências que temos ao texto da Retórica a Herênio são do século IV EC e vêm acompanhadas da atribuição a CÍCERO. Nos manuscritos, mesmo nos mais íntegros, não constam o nome do autor, nem o da obra. Sabe-se, apenas, que foi endereçada a certo Caio Herênio, pois, expedida em quatro livros, seu destinatário está identificado no início de três deles. Essa filiação, motivada pela semelhança entre um tratado de Cícero, o Sobre a invenção, e os três primeiros livros do manual dedicado a Herênio, só começou a ser questionada no século XV EC. Até então, a autoria fora asseverada pela transmissão do texto em códices compartilhados com obras de Cícero, nos quais o Sobre a invenção recebia a alcunha de “Retórica primeira” e a Retórica a Herênio, de “Retórica segunda”. Possivelmente composta entre 82 e 86 AEC, a Retórica a Herênio é a mais antiga arte retórica escrita em latim a ter sobrevivido, completa, até a Modernidade e uma das obras de maior circulação na Idade Média. Na Antiguidade greco-latina, a Retórica era a disciplina que regulava as práticas discursivas em geral. Os discursos “para uso civil” eram, então, divididos em três “gêneros”: judiciário, deliberativo e demonstrativo; e a arte do orador, em cinco “partes”: invenção, disposição, elocução, memória e pronunciação. A Retórica a Herênio é um compêndio destinado ao ensino da Retórica; mas, embora disponha sobre os três gêneros, privilegia a oratória judiciária, insistindo na complementaridade entre a invenção dos argumentos e sua elocução com palavras e figuras bem escolhidas, que os consolidem e os protejam, a ponto de torná-los imbatíveis.
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