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Trauma no Idoso - 01Ed/25
UTIYAMA; MARTINS JUNIOR; DAMOUS
EDITORA DOS EDITORES
270,00
Sob encomenda 8 dias
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O trauma é uma doença frequentemente ignorada como um problema de saúde. Representa a terceira causa geral de morte na população, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares e o câncer. No entanto, entre os jovens de até os 55 anos, é a principal causa de óbito. É considerado uma doença neglicenciada do mundo moderno, fato este caracterizado pelos reduzidos investimentos destinados à sua prevenção e ao tratamento, desproporcionais ao aumento progressivo da sua ocorrência. Outro aspecto importante é a ausência de disciplinas específicas de Emergências e Trauma no currículo de grande parte das escolas médicas. Essa lacuna prejudica o treinamento e a formação dos futuros médicos, que muitas vezes são realizados em hospitais públicos, para onde os traumati¬zados são encaminhados por um sistema de regionalização. No entanto, poucos destes hospitais possuem a estrutura adequada e os recursos necessários para atender traumas complexos. Embora o trauma seja predominante entre jovens, é importante ressaltar a sua incidência entre idosos. Estudos indicam que esse aumento decorre da maior expectativa de vida, levando um número crescente de pacientes idosos aos serviços de emergência. Estima-se que, ainda no século XXI, os idosos representarão de 20% a 40% das vítimas de trauma. Os médicos que atuarão nos Serviços de Emergência no futuro deverão estar cada vez mais preparados para atender pacientes traumatizados de idade avançada. Diversos fatores contribuem para a maior vulnerabilidade dos idosos, como a diminuição da acuidade visual e auditiva, além do uso de medica¬mentos que interferem na estabilidade. Entre os aspectos relevantes do trauma no idoso, destaca-se o impacto dos “4 Ds”: Delírio, Depressão, Demência, Drogas (medicamentos), que influenciam a evolução, a resposta ao tratamento e a qualidade vida desses pacientes. As quedas acidentais da própria altura representam uma importante causa de trauma no idoso, frequentemente resultando em lesões graves,como traumas cranianos, fraturas de costelas, de colo de fêmur e de extre¬midades, muitas vezes com complicações fatais. Além disso, observa-se um aumento no número de idosos admitidos em serviços de emergência devido a traumas relacionados com acidentes de trânsito, como atropelamentos e colisões. Nos Estados Unidos, os custos destinados à assistência médico-hos¬pitalar de pacientes traumatizados e às despesas relacionadas à invalidez temporária ou permanente alcançam bilhões de dólares anualmente. Pacientes idosos consomem mais recursos do que qualquer outro grupo etário, destacando a relevância socioeconômica desse problema. Por todas essas razões, o trauma no idoso constitui um tema de suma importância na Cirurgia de Urgência, o que motivou a elaboração deste livro. Esta obra representa uma valiosa contribuição à literatura médica, abrangendo 32 capítulos que analisam diferentes aspectos do trauma em idosos. Os textos foram elaborados por assistentes da Disciplina de Cirurgia Geral e Trauma da Faculdade de Medicina e por docentes de áreas corre¬latas, como Ortopedia, Cirurgia Plástica, Terapia Intensiva, Anestesiologia, Infectologia, Cuidados Paliativos e Neurocirurgia. Os autores deste livro são conhecidos e respeitados no cenário médico nacional. O Professor Edivaldo Massazo Utiyama, atual Professor Titular da Disciplina de Cirurgia Geral e Trauma da Faculdade de Medicina da Univer¬sidade de São Paulo (FMUSP), possui notável experiência no assunto. Os Professores Octacílio Martins Junior e Sérgio Damous também têm longa trajetória no Serviço de Emergência do Hospital das Clínicas. A Disciplina de Cirurgia de Trauma da FMUSP foi a primeira do tipo criada no Brasil, em 1987, sob a liderança do Professor Dario Birolini. Seu pioneirismo e reconhecimento nacional e internacional deixaram um legado inestimável na área. Tenho certeza de que este livro, Trauma no Idoso, será uma referência valiosa não apenas para cirurgiões, mas para todos os médicos que atuam em Serviços de Emergência, bem como estudantes e residentes. Eu agradeço aos autores pelo honroso convite para prefaciar esta obra. Sinto-me homenageado pelo grupo. Samir Rasslan Professor Titular Sênior do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
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