Destinos do Feminismo

FRASER, NANCY
BOITEMPO

87,00

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A segunda onda do feminismo surgiu como uma luta pela libertação das mulheres e ocupou seu lugar ao lado de outros movimentos radicais. Mas a subsequente imersão do feminismo na política de identidade coincidiu com um declínio de suas utopias e com a ascensão do neoliberalismo. Em Destinos do feminismo, a filósofa Nancy Fraser defende um feminismo radical revigorado capaz de enfrentar os desafios atuais e a crise econômica global. Os ensaios reunidos na obra foram escritos ao longo das últimas décadas e documentam as mudanças no imaginário feminista desde a década de 1970. O livro tem três partes. A primeira parte apresenta textos que situam o feminismo da segunda onda num campo mais amplo de lutas democratizantes e anticapitalistas. A segunda parte traça alterações subsequentes no imaginário feminista, como o deslizamento cultural mais amplo da política de igualdade para a política de identidade. São capítulos que diagnosticam os dilemas enfrentados pelos movimentos feministas em um período de neoliberalismo ascendente. A terceira e última parte contempla as perspectivas de um renascimento do radicalismo feminista em tempos de crise neoliberal. “Este volume tem uma orientação ao mesmo tempo retrospectiva e prospectiva. Mapeando as mudanças no imaginário feminista desde a década de 1970, oferece uma interpretação da história recente do pensamento feminista. Ao mesmo tempo, contudo, ele olha adiante, para o feminismo do futuro, que está sendo inventado pelas novas gerações de ativistas feministas. Educada nos meios digitais e confortável no espaço transnacional, mas formada no cadinho da crise capitalista, esta geração promete reinventar mais uma vez a imaginação feminista. Advindas do longo caminho da política de identidade, as jovens feministas desta geração parecem preparadas para fazer surgir uma nova síntese de democracia radical e justiça social. [...] Confrontadas com a mais grave crise do capitalismo desde a década de 1930, têm todos os incentivos para conceber críticas novas e sistemáticas que combinem as ideias persistentes do feminismo socialista com as dos paradigmas mais recentes, como o pós-colonialismo e a ecologia”, diz a autora no prólogo da obra. Trecho “Nestas condições, uma teoria feminista que se preze deve reavivar as preocupações “econômicas” […] sem, no entanto, negligenciar os insights “culturais” […]. Mas isso não é tudo. Deve integrá-los não apenas entre si, mas também com um novo conjunto de preocupações “políticas” que a globalização salientou: como as lutas emancipatórias podem servir para garantir a legitimidade democrática e para expandir e equalizar a influência política numa época em que os poderes que governam nossas vidas ultrapassam cada vez mais as fronteiras dos Estados territoriais? Como os movimentos feministas podem promover a participação igualitária em nível transnacional, apesar das assimetrias de poder arraigadas e das visões de mundo divergentes? Lutando simultaneamente em três frentes – chamemos-lhes redistribuição, reconhecimento e representação –, o feminismo […] deve unir-se a outras forças anticapitalistas, ainda que precise expor o contínuo fracasso delas em absorver as ideias de décadas de ativismo feminista”.
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