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Feitiços - Fazer Amor Com Árvores
TODAVIA EDITORA
89,90
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Anna Szajbel é presidente da companhia estatal de combustíveis da Polônia. É odiada por todos: pelos ecologistas, por causa de seus posicionamentos abertamente antiambientalistas e negacionistas da crise climática; pelas feministas, que abominam suas ideias misóginas; e pelos homens da empresa, que não se conformam em ser chefiados por uma mulher. Szajbel ainda precisa lidar com a vergonha das próprias origens modestas e com a culpa pelo acidente que deixou o marido com uma deficiência. Frustrada, deprimida e solitária, ela trata seus problemas abusando de comprimidos e álcool, mesmo que isso lhe provoque crises de sonambulismo. Em um desses episódios, depois de uma garrafa de vinho e um punhado de comprimidos de lítio, a executiva é gravada nua e fazendo amor — literalmente — com uma árvore. O vídeo é compartilhado por um jornalista na mesma noite e, no dia seguinte, a vida de Szajbel desmorona. A empresa enfim tem uma desculpa para afastá-la da presidência, e as feministas ecologistas passam a vê-la como um exemplo de liderança. Por fim, para coroar o momento de crise, ela descobre que o marido fingia há anos estar paralisado: tudo para usá-la e enchê-la de culpa. A verdade a leva a um colapso mental e, consequentemente, a um transtorno de personalidade dissociativa — ou seria transferência espiritual? Ela não é mais apenas Anna Szajbel. De repente, seus delírios (ou talvez sua iluminação) a levam ao ducado de Nysa, governado por bispos católicos no século XVII. Lá, ela conhece Mathilde Spalt, líder das Terrelas, menos interessadas em adorar o Pai Celestial e mais na Mãe Terra e sua filha, a Antiga Virgem — cuja prática religiosa envolve fazer amor não com os homens que as oprimem, mas com a natureza que as sustenta. Narrativa erótica e instigada pela revolta, Feitiços é um pós-pornô ecofeminista que, em seu absurdo e sua graça, desafia crenças há muito estabelecidas. A chama que conecta Anna Szajbel, Mathilde Spalt e todas as mulheres é o fogo que queima — literal e figurativamente —, até hoje, aquelas que ousam desafiar as normas e a ordem patriarcal.
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