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Mulher Ao Mar Brasil
GATO, MARGARIDA VALE DO
MOINHOS EDITORA
48,00
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Nesta Mulher ao Mar, o novo irrompe. Irrompe exactamente do rasgão que produz no arcaico. É o recém-nascido que matou na exsanguinação do parto a mãe, mas que não se liberta dos seus genes. Ao longo dele, vamos deparando com espartilhos formais, glosas, sonetos. Com pesadas palavras já não ditas, anelo, cenho, cilício, tersas. Estas convivem com um léxico da vulgaridade, a que não falta mesmo a F-word, com um léxico da domesticidade, com fortes marcadores da escrita pós-moderna, com emblemas do lirismo – “como lira a estridência dos nossos corpos de sombrias raparigas” –, com certas importações de dicionários específicos: petéquias, película sobre-exposta, parafina. Com o mundo dos chats, os links e a sonda a Mercúrio. Se o léxico de Cesário ainda surpreende, preparem-se para a surpresa estes leitores. Hélia Correia
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