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Vespeiro
BARRIOS, IRKA
DARKSIDE
59,85
Estoque: 84
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Entre horrores cotidianos e experiências distópicas, Irka Barrios desnuda o esplendor e a subversão de uma escrita contundente, feminina e essencialmente latino-americana A primeira obra de Irka Barrios publicada pela DarkSide® Books desponta como um milhão de picadas simultâneas de insetos ferozes. Romancista e finalista do prêmio Jabuti em 2020, Irka também é uma exímia criadora de histórias curtas, que frequentemente nos obrigam a uma pausa para retomar o autocontrole e continuar a leitura. Vespeiro transita entre os horrores cotidianos, e apresenta os prazeres e dissabores da alma humana, especialmente a feminina. Maternidade, sexualidade, o fel dos relacionamentos mais intempestivos são matéria-prima para suas criações. Em suas histórias, vivenciamos o andar apressado por ruas mal iluminadas, o apetite descontrolado dos homens e o horror do confinamento. O resultado é a fúria das palavras, uma ferroada brutal diante da loucura controlada de seus personagens. Dilemas pulsam e encontram uma redenção ferina a cada novo desfecho. Inspirada por vozes sagradas e potentes como Edgar Allan Poe, Lygia Fagundes Telles, Olga Tokarczuk, Gabriel Garcia Márquez e Mariana Enriquez, Irka sabe usar as possibilidades de sua escrita. O trânsito frenético entre as diferentes facetas de suas histórias deixa claro que a autora escolheu valorizar o tempo de seus leitores. Sua ausência de pudores e sua alta dose de subversão nos mantêm chocados, surpresos, por vezes sujos mas sempre maravilhados diante de sua voz poderosa e singular. Vespeiro apresenta trinta narrativas ferozes, violentas e perturbadoras. Imagens insólitas como os dedos mastigados de uma jovem, assassinatos, sequestros e paisagens devastadas encontram a harmonia predadora de um livro costurado com ferocidade. Irka constrói personagens reativas a um mundo desleal e hostil às mulheres. Psicologicamente devastador, Vespeiro é um deleite único aos adoradores de histórias curtas. Um ninho repleto de ovos que vão eclodir no corpo ainda quente de seus hospedeiros literários.
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