a Dávida Do Perdão: Histórias Inspiradoras De Quem Superou o Imperdoável

PRATT, KATHERINE SCHWARZENEGGER
ALTA LIFE

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Eu me lembro do exato momento em que soube que queria mergulhar nas profundezas do sentimento do perdão. Estava no estacionamento de um restaurante que amo quando, de repente, vi a garota que costumava ser minha melhor amiga. Não éramos apenas melhores amigas, éramos como irmãs, inseparáveis desde o nascimento. Compartilhávamos tudo, desde o dia do nosso aniversário até nossas roupas, nossos amigos, nossas famílias, nossos segredos e nossos sonhos. Sentíamos que éramos a mesma pessoa; de fato, a maioria das pessoas juntavam nossos nomes, vendo-nos como a dupla que nunca se separa. E então, com mais de vinte anos de amizade, tivemos um desentendimento — que abalou a minha própria essência. A ausência dela deixou um buraco profundo em minha vida. Pela primeira vez, vivia sem minha melhor amiga ao meu lado e não sabia quem eu era sem ela. O fim da nossa amizade afetou todas as áreas da minha vida. Foi horrível e me deixou arrasada. Depois de manter distância e tomar um tempo para entender a mudança, convenci-me de que estava bem e que tinha perdoado a pessoa que outrora considerei parte da minha família. Pouco depois de declarar que eu tinha seguido em frente, entretanto, acabei encontrando minha antiga amiga por acaso e soube imediatamente que não estava nem perto de ter superado o que aconteceu. Em sua presença, senti-me ansiosa, assustada, magoada, brava e tremendamente emocionada, e eu soube naquele momento que nunca mais queria me sentir assim, especialmente perto dela. Foi naquele momento que fiz uma promessa a mim mes- ma: eu voltaria a mergulhar no perdão. Dessa vez, mer- gulharia ainda mais fundo. Decidi fazer terapia semanalmente e, ocasionalmente, ia até duas vezes por semana. Procurei ajuda com o meu padre, com o meu pastor, e falei com pessoas de todas as fés e de nenhuma fé. Conversei com pessoas de todas as idades, de todas as vivências, conversei com amigos e até com pessoas que não conhecia tão bem. Descobri que existiam muitas pessoas que viveram experiências parecidas, com rupturas não curadas. Fui em busca das histórias daqueles que perdoaram para que eu pudesse me inspirar a perdoar e seguir com a minha própria vida.
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