a Reprodução Humana Assistida Na Sociedade De Consumo - 1Ed/21

FROENER, CARLA; CATALAN, MARCOS
FOCO EDITORA

54,00

Sob encomenda
13 dias


A Biologia mostrou à humanidade que a reprodução humana pode ser pensada como uma loteria1 que tem início, em regra e, ao menos por ora, na união das células germinativas feminina e masculina – inicialmente, dentro do corpo humano – e que encontra seu clímax no nascimento de mais um ser. Ela revelou também, em julho do ano de 1.978, manifesta e apoteótica mutação ao comunicar a existência de Louise Joy Brown, o primeiro bebê de proveta do planeta. Este estudo busca explorar questões ligadas ao universo da reprodução humana assistida com uma peculiaridade: o uso de lentes epistêmicas forjadas no Espetáculo roteirizado por Debord. Envolta por esse contexto, a obra encontra-se ambientada em um espaço inegavelmente colonizado pelo Mercado, mesmo que até mui recentemente tenha servido de palco para um sem número de questões de ordem estritamente privada. O percurso adiante trilhado foi pensado para permitir que o leitor (a) observe importantes aspectos no processo de mutação das famílias brasileiras, em especial, no tocante a algumas de suas conexões com a crescente busca da reprodução assistida, (b) entenda como o Mercado opera – por meio da publicidade e de outras práticas comerciais que transitam, muitas vezes, por sobre os umbrais da licitude5 – e, ainda, (c) identifique a presença de riscos que, embora, usualmente não informados pelo Mercado, pululam na seara fenomênica. Ele pretende, ainda, (d) induzir o leitor que, porventura, tenha contato com esta investigação a refletir se o Direito brasileiro oferece a devida e necessária proteção às mulheres ou às famílias que recorrem à reprodução humana assistida buscando a realização de projetos parentais. É preciso antecipar, ainda, que a utopia que impulsionou nossas penas ao longo de aproximadamente cinco anos conduziu à bricolagem de reflexões espalhadas por temas que às vezes parecem deveras distantes uns dos outros como (a) a espetacularização da vida, (b) a colonização da reprodução humana pelo Mercado e (c) a regulação jurídica do tema no Brasil. O trabalho entrelaça investigação teórica e empírica.
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