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História Mínima de Israel - História do Povo, da Região e do Conflito
PERSPECTIVA
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O recente conflito entre Israel e o Hamas mobilizou a opinião pública, reacendeu preconceitos e polêmicas sobre o que se passa ali, com seus muitos recortes e diferentes ênfases históricas. História Mínima de Israel apresenta ao leitor a história do moderno Estado de Israel. Mário Sznajder, professor emérito da Universidade Hebraica de Jerusalém e especialista em direitos humanos, narra o processo histórico que nasce da ideia que tomou conta de parte dos judeus europeus, sofrendo com as constantes perseguições e influenciados pela era dos nacionalismos, de retornar à pátria mítica. Depois de uma brevíssima introdução das origens bíblicas do povo judeu, o livro avança para o nascimento do movimento sionista e narra cronológica e didaticamente a evolução do moderno Israel, desde as primeiras ondas de imigração, a formação de um espírito nacionalista, passando pela deterioração crescente das relações entre árabes e judeus na Palestina, a atuação política durante o mandato inglês, a partilha do território em dois estados independentes patrocinada pelas Nações Unidas, a recusa do lado árabe, a guerra de independência com a expansão do território israelense, as guerras. Conta da sucessão do poder político no país, desde o trabalhismo de extração socialista no país que nascia, não sem contradições, passando por sua guinada liberal e as várias tentativas de estabelecimento de um acordo de paz entre israelenses e palestinos, até os mais recentes governos conservadores, que congelaram quaisquer esforços de pacificação, apostando numa convivência de violência controlada e na subalternização dos palestinos. Uma ampla análise dos últimos vinte anos trata da era Netanyahu, que equilibra um grande florescimento econômico com profundas fraturas na questão palestina e na política interna, e que, em seu capítulo mais recente opera uma aliança perversa com os partidos da direita ultrarreligiosa e amplia a forte guinada autoritária do país, especialmente com a tentativa de limitar a ação do poder judiciário. Até que, afinal, é surpreendido e humilhado pela invasão de grupos armados vinculados ao Hamas, o grupo jihadista que controla e governa a faixa de Gaza, e que promovem uma chacina cruel e capturam civis nas imediações da faixa, fazendo explodir o mais violento conflito na região dos últimos 50 anos, com a violenta resposta israelense que destruiu a faixa e promoveu um massacre humano de grandes proporções. Uma história que está longe de acabar.
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