Clarice Lispector - Ou A Flutuação Do Instante


KOTTER EDITORIAL

44,70

Sob encomenda
8 dias


***Um estudo que não dissocia Clarice escritora de Clarice pintora, situada a partir de Água viva e culminando com Um sopro de vida. Depois que o tempo passa, e com a leitura da obra que criou parte da cultura de uma época – como é o caso de Clarice Lispector – pode-se escrever com tranquilidade acerca de seus motivos pessoais e impessoais, a individualidade permeada pela universalidade, como se constata no ensaio de Jayro Schmidt, Clarice Lispector ou a flutuação do instante. Para tanto ele conviveu com os livros da escritora brasileira nascida em Chechelnyk, na Ucrânia, que elevou a linguagem ao “lirismo introspectivo” nas palavras de Haroldo de Campos, desta maneira incorporando a “função poética” em sua obra. Clarice desde cedo estava inclinada a ingressar no mundo da palavra, leitora e escritora precoce que surpreendeu a todos com sua absoluta disponibilidade mental, confiante que foi no intuitivo que beirou o pressentimento a ponto de ter escrito “é para lá que eu vou”. Clarice se afastava de si mesma para voltar plena de estranhamento, de alteridade, o que faz da literatura de imaginação a realidade mesma. *** Em Clarice Lispector ou a flutuação do instante diz o autor que ao estudar sua ficção estava ciente que ia conviver com algo claríssimo, mas cheio de mistérios, isso porque a escritora declarou que sua escrita vinha da “elaboração inconsciente, que aflora à superfície como uma espécie de revelação”. Como se sabe, Clarice se sentia misteriosa, e uma de suas palavras prediletas foi revelação, o que representa a sua ascendência espiritual que entrou na literatura brasileira pela porta da frente com Perto do coração selvagem, a obra de estreia. Outras palavras não são menos evocativas em Clarice, e talvez por isso ela cada vez mais tem atraído leitores, pois evocar é trazer para dentro, o que a sua ficção levou às últimas consequências como, por exemplo, quando Martim começa a se livrar de seu passado para ser ele mesmo, estendendo a mão no escuro para apanhar a maçã. Com esta personagem, e com as demais, entende-se Clarice quando sugeriu que não era para ser lida e sim vivida – imagem capaz de ser um estímulo criativo não somente para os jovens. ***
Ao navegar no nosso site você declara estar de acordo com nossa Política de Privacidade