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O Gênio No Iluminismo Francês - O Caso Diderot
KOTTER EDITORIAL
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***O que constitui uma pessoa genial? Quais características um gênio da pintura tem em comum com um gênio da marcenaria, por exemplo? É o aprofundamento de questões como essas que O gênio no Iluminismo francês: o caso Diderot pretende realizar. Concentrando–se na filosofia de Denis Diderot (1713-1784), a autora mostra o fio condutor que une diferentes manifestações da genialidade recorrendo a importantes escritos e autores da época. Destaca-se ao longo do percurso uma evolução conceitual interna aos textos de Diderot, aspecto evidenciado com a análise de documentos escritos em épocas e estilos distintos. É possível constatar de que maneira diferentes gênios, tematizados em uma reflexão variada, como estética, ética e filo-sofia natural, são unidos por duas características em comum: o entusiasmo e a razão.***“Há nos gênios, poetas, filósofos, pintores, oradores, músicos não sei qual qualidade da alma que é particular, secreta, indefinível, sem a qual não se pode executar nada de muito grande e de belo” (Denis Diderot, Sobre o gênio, 1875, p. 26).A investigação a respeito da natureza da genialidade permeia a filosofia da França Iluminista. Ao retomar uma temática da antiguidade, na qual se compreendia uma obra de gênio como uma inspiração oriunda das musas ou dos deuses, os pensadores setecentistas inserem essa discussão em uma atmosfera cientificista. Um dos marcos desse debate são as Reflexões críticas sobre a poesia e sobre a pintura(1719), escrita por Jean-Baptiste Dubos, que aborda o tema com outras ferramentas conceituais, sendo responsável por abrir uma vereda de investigação para os autores subsequentes. Denis Diderot investe seus esforços nesse debate e apre-senta uma interpretação do conceito que se espraia por seus escritos.Apesar de recorrer a várias fontes em um movimento pelo qual o leitor pode acompanhar a gênese do conceito de gênio na Filosofia francesa Iluminista, o presente estudo se concentra na perspectiva apresentada por Denis Diderot e engloba textos de diferentes estilos, entre eles diálogos, ensaios, cartas, peças de teatro, verbetes da Enciclopédia, sem contar textos póstumos, como o enigmático O Sobrinho de Rameau, e inacabados, como o fragmento Sobre o gênio. As análises têm como objetivo central encontrar uma concatenação interna às obras que explicite a linearidade das definições de gênio tal qual são apresentadas pelo autor, e propor uma interpretação segundo a qual é possível perceber uma evolução conceitual interna à filosofia diderotiana no que concerne o significado do conceito.***Vencedora do Prêmio Filósofas
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