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Espanto
OFICIO DAS PALAVRAS
70,00
Sob encomenda 10 dias
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O espanto mora nas fronteiras. Atribui-se a gravura da capa a Camille Flammarion, astrônomo francês que viveu entre 1842 e 1925. A obra foi publicada pela primeira vez em seu livro, L’atmosphère: météorologie populaire. Talvez seja muito mais antiga. Ferreira Gullar certa vez disse: a poesia, como vejo, nasce do espanto, de alguma coisa que surpreende e que você tem necessidade de comunicar aos outros. Esse olhar espantado que vê, por trás do corriqueiro e do banal, a estranheza do mundo, não seria, de fato, o olhar do artista? Será que a literatura existiria sem o espanto? E não seriam os livros, cada livro, um convite para nos tirar do universo conhecido, previsível, e levar-nos a percorrer espaços desconhecidos, virgens ainda de certezas? O escritor e filósofo Juliano Pessanha, que assina o Prefácio do livro diz que “a escrita do espanto é uma escrita visceral. Aquilo que vai ser escrito no papel foi inscrito antes como acontecimento”. A convite da editora Ofício das Palavras, vinte autores se debruçaram sobre essa ideia do espanto. E toparam entrar no buraco do coelho imaginado por Lewis Carrol e trazer de lá seu desconcerto, sua perplexidade e um convite: vamos juntos?
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