Divina Humanidade


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11/01/2026


Divina Humanidade traz uma cuidadosa e original abordagem acerca dos estudos sobre o livre-arbítrio desenvolvidos pelos filósofos jesuítas Pedro da Fonseca e Luís de Molina, ao longo do século XVI, no bojo do ideário político-filosófico conhecido como Escolástica Ibérica. Ao final do medievo já fizera o ser humano como se fosse ele mesmo um Deus criador. As descobertas e os experimentos científicos até então sem igual, a transposição de mares tenebrosos e o encontro de novos mundos traziam uma sensação de divindade e empoderamento. Tremiam estruturas e bases por tanto tempo tão solidamente assentadas e responsáveis por um padrão sociopolítico que vigorara relativamente estável por oito séculos. Cada vez mais se mostrava relevante, dado o desenvolvimento das artes humanas, a compatibilização do ideário moral e religioso dominante com a vida que passava a existir de maneira vigorosa nas ruas e nas cidades. Fora dos claustros, o cotidiano das pessoas, muito mais prático, real e autônomo, não replicava as existências angelicais ou dos santos; ao contrário, pela regra, os atos de vontade própria, recheados de contradições, levariam populações inteiras ao eterno degredo espiritual, pois o pecado – tal como se o conhecia e conceituava – era cometido várias vezes ao dia… Faltava a garantia de que tudo isso valia a pena e não prejudicava nem impedia a vida eterna… Sob um olhar humanista, Divina Humanidade, numa abordagem conceitual muito própria, investiga a gênese e os desdobramentos do ideário da conformação do determinismo e da graça divinas ao livre-arbítrio humano a partir da ciência média, alvo não apenas de acirrada disputa por seu protagonismo criativo, como também de calorosas polêmicas na academia e na intelligentsia europeias ao raiar da modernidade.
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