Entre Retratos e Registros - Magistério e Escolas Públicas Em Iguaçu (1932)


APPRIS EDITORA

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Entre retratos e registros: magistério e escolas públicas em Iguaçu (1932) é movido pelo interesse em reunir e tornar público, num suporte material de acesso, um conjunto de fotografias de escolas do município de Iguaçu feitas na década de 1930. As legendas das fotografias indicam os nomes das escolas e foram confrontadas com os dossiês de escolas de Iguaçu depositados no Fundo Departamento de Educação do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro (Aperj). Quinze docentes foram identificadas pelo nome a partir do cotejamento entre as assinaturas dos mapas de frequência escolar e as fotografias correspondentes. A pesquisa sobre as trajetórias profissionais ampliou a periodização da pesquisa, porque abrangem informações sobre a atuação do magistério para além do ano das fotografias, remetendo às primeiras décadas do pós-abolição, a partir do acervo da Escola Normal de Niterói, da pesquisa na Hemeroteca da Biblioteca Nacional e do acervo do jornal iguaçuano Correio da Lavoura. Mirando o que é incontestável nas imagens — a presença de professoras e estudantes negras e negros — procuro neste livro situar o debate teórico sobre acesso e permanência na educação escolar no Brasil em face das desigualdades estruturadas pelo capitalismo, pelo racismo e pelas desigualdades de gênero. O conhecimento trazido pela pesquisa acerca do perfil racial das escolas da Baixada Fluminense da década de 1930, desde os estudantes aos docentes, é fomentado e alimenta o debate do campo da história da educação, do campo de estudos do pós-abolição e dos campos dos estudos das relações étnico-raciais e educação. A essa demanda, este livro pretendeu responder. Há possibilidades de uso de Entre retratos e registros como recurso didático para suscitar discussões acerca das políticas das agências do Estado para a oferta da educação; sobre acesso e permanência no ensino das populações negras e moradoras das periferias; sobre formação e carreira do magistério. Esses temas não podem prescindir de estar enredados nas articulações entre gênero, raça e classe social. E nesse manejo do ensino, que as discussões sobre a história local da educação possam servir para desnaturalizar e propor combate às ambivalências entre relações raciais e a educação na sociedade brasileira.
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