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Córrego Das Pedras (Mt) - Vidas e Memórias Da Terra De Trabalho
EDITORA APPRIS
68,00
Sob encomenda 13 dias
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O livro Córrego das Pedras (MT): trajetórias de vida e memórias da terra de trabalho mostra a dinâmica social referente às estratégias e formas de sobrevivência das famílias — migrantes dos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná — que vivem em minis, pequenas e médias propriedades, denominadas sítios, na comunidade rural Córrego das Pedras, município de Tangará da Serra (MT), entendendo a terra como um meio para, a partir do trabalho das famílias sitiantes que nela residem e trabalham, garantir a produção e reprodução de um modo de vida no campo. Os sitiantes subsistiram ao tempo, em suas frações de terras, produzindo e reproduzindo uma dinâmica própria de vida e gerando cultura, em simbiose entre a modernidade e a tradição. A obra revela formas de produção de subsistência (vida material), construídas ao longo do tempo — formas essas heterogêneas, combinadas com a produção e reprodução da cultura caipira (vida imaterial), manifesta nos escritos de Candido (1982), percebida nas festas, nas confraternizações, na culinária e nas práticas religiosas —, determinantes para a produção e reprodução de um modo de vida e da permanência das famílias em seus sítios. Faz-se referência a uma resistência cotidiana, produzida diariamente na luta das famílias em conquistarem e permanecerem em suas terras, frente aos avanços do agronegócio na região. Enquanto o modelo monoculturista e homogeneizador do agronegócio se volta para suprir o mercado capitalista, as experiências dos sitiantes se voltam para a produção e reprodução de vida no campo. Destaca-se o papel desempenhado pelas mulheres no decorrer de toda a trajetória de produção e reprodução de vida das famílias, historicamente, parceiras de seus maridos, portanto protagonistas da trajetória de resistência. Nem mais, nem menos que os homens, mas mulheres da luta e na luta. Este livro lança um olhar para o futuro, principalmente a partir das crianças, adolescentes e jovens, utilizando uma relação dialógica, via desenhos, que demonstra a sensibilidade e o afeto para com a terra. O mundo rural diverso e plural vive e se reproduz, olhando para o futuro, estabelecendo novas formas de relação dos homens e mulheres entre si e com a terra.
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